“Meu verso é minha consolação. Meu verso é minha cachaça...
Para louvar a Deus como para aliviar o peito...”
 Drummond 

 
Insônia
 
finjo que não me habitas
e fujo para longe de mim...
a língua degusta o gelo das horas
e palavras mortas escorrem dos dedos

o cinzeiro transborda gritos inaudíveis
no porta-retrato...teu sorriso lindo
na fumaça azulada assisto ao cortejo
dos sonhos idos...

adormeci e não soube
que me perdi
na alvorada
que não houve.
 
Isabel Campos
Enviado por Isabel Campos em 02/04/2011
Reeditado em 08/04/2011
Código do texto: T2886100
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