A HISTÓRIA DO CARPETE.
Eu a vejo chorando,
E não faço nada para lhe consolar,
Porque gosto de te ver chorar.
Eu a vejo se cortando,
E não faço nada pra lhe impedir,
Porque gosto de te ver sangrar.
Eu a vejo morrendo,
E não ligo pra emergência,
Por que gosto de te ver agonizando.
Mas que desejo de te ver morta,
Era tudo que mas queria
Não ouvir seus lamentos,
Não ver mas suas lagrimas dramáticas,
Não sentir teu cheiro de arrogância.
Agora sim enlouqueço,
Corro como um desvairado pela a casa,
Vejo-te no carpete da sala fria sem movimento.
E pergunto-me, o que irei fazer?
Se ela era a quem preenchia minha casa com seus problemas inacabáveis.
Mas ela foi levada,
E eu deixei a ir,
O que resta é conformar-me, porque você está ausente.
Fotos suas não tenho, então esquecerei teu rosto rápido.
Mas sempre lembrarei que outrora você estava aqui comigo nesse sofá
Contando-me suas historias traumáticas
Que te deixou assim tão depressiva.
E dessa historia de você morta em meu carpete
Deixou-me um maluco, degenerado.
Agora estou contado a historia numa clinica psiquiatra,
E tudo o que eu penso é no carpete da minha sala
Do seu sangue do seu perfume que ainda está lá impregnado.
Foi lá naquele carpete que te perdi,
Que te deixei morrer,
E deixei-me morrer.