Escrevendo a minha poesia ( vida )
Nasci, e num papel fizeram uma reticência...
Todo aquele papel em branco,
O choro foi a primeira estrofe.
Aos poucos começaram as vírgulas,
Dando as pequenas pausas,
Dando a impressão que tudo era lento.
Chegaram os pontos de continuação.
Com suas pausas maiores.
Diziam-me calma! tudo ainda continua.
As acentuações deram-me regras.
Os tons já não eram os mesmos,
A entonação era uma musica clássica.
Um dia falaram-me: métrica!
Com seus conceitos bem rígidos,
Seriedade, beleza, amor.
Encontrei e vi todos os estilos,
Ainda não me fixei a nenhum,
Por vezes sou romântico outras sou barroco.
Na adolescência apaixonei-me.
Uma menina linda e livre,
O nome dela era poesia.
Com ela aprendi tudo que precisava,
Às vezes me dava licença para os erros,
Às vezes dizia-me que estava exagerando.
Continuo colocando no papel,
Tudo que sinto ou penso que sinto,
Quando eu for embora vai ser o que deixo.
Essa é minha poesia, minha vida.
Onde todo dia aprendo e escrevo,
Porque sei que em um suspiro o ponto final um dia vai chegar.
Allan Ribeiro Fraga