Maria Esther Maciel
Estou lá onde me invento e me faço.
De giz é meu traço.De aço,o papel.
Esboço uma face a régua e compasso.
É falsa. Desfaço o que fiz.
Retraço o retrato.Evoco o abstrato.
Faço da sombra minha raiz.
Farta de mim,afasto-me
e constato: na arte ou na vida,
em carne,osso,lápis ou giz
onde estou não é sempre
e o que sou é por um triz.
- Maria Esther Maciel -
- Ser por um triz: o milagre de reiventar-se sempre.
Maria Neusa em abril de 2011