TRISTE PESAR
Na escuridão de minha alma, essa amargura.
Em tanta insatisfação à beira de uma loucura
que evidencia o desequilíbrio e acentua a desavença.
Noites adentro, dias afora, a mesmice do tempo encabulando,
passando pela vida, sem rumo, sem estada, vagando...
esperando pelo que aconteço nos medos que não existem.
Parte de um todo esquecido com a qual tenho convivido
nas poucas forças que insistem em fortalecer o pensamento.
Pobres versos, pobres rimas, as poesias que invento.
Vela sem mastro, embarcação à deriva, portos desencontrados...
onde estaria o melhor de mim, onde posso encontrar, assim,
os meus pedaços arrancados?