TRISTE PESAR

Na escuridão de minha alma, essa amargura.

Em tanta insatisfação à beira de uma loucura

que evidencia o desequilíbrio e acentua a desavença.

Noites adentro, dias afora, a mesmice do tempo encabulando,

passando pela vida, sem rumo, sem estada, vagando...

esperando pelo que aconteço nos medos que não existem.

Parte de um todo esquecido com a qual tenho convivido

nas poucas forças que insistem em fortalecer o pensamento.

Pobres versos, pobres rimas, as poesias que invento.

Vela sem mastro, embarcação à deriva, portos desencontrados...

onde estaria o melhor de mim, onde posso encontrar, assim,

os meus pedaços arrancados?

MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 01/04/2011
Reeditado em 22/03/2019
Código do texto: T2882814
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