13 PODER DE SER REAL
Sou livre?
Como seria bom...
Sentir-me-ia como pássaro que plaina.
Raios solares batendo em minhas asas,
Voando além dos limites das nuvens.
O vento cortato por elas.
Procuraria voar mais alto.
Veria tudo das grandes altitudes:
pessoas diminutas como formigas.
Sentir-me-ia sozinho?
Estou preso ao chão e faço parte do formigueiro humano.
Compreendo que preciso das pessoas e alguém precisa de mim,
ao seu lado.
Não posso ser livre assim.
Posso ser livro vivo e voar em minha imaginação.
Posso ser lido e ser, assim, libertado.
LIBERTÁRIO.
LEONARDO LISBÔA
Barbacena, 18/07/1998.
POEMA 16 - CADERNO: TRANSMUTAÇÃO.