O SOLDADO
O SOLDADO
Zé Neto
A Pátria chama e o menino atende o chamado
Veste a farda camuflada pela primeira vez
Recebe a ordem unida, desfila animado
O menino agora um soldado se fez
Sentinela solitário na madrugada fria e cinzenta
Conversando com o fuzil, seu nobre companheiro
O sono trás lembrança agourenta
De gritos no escuro, bombas e tiroteio
No brevê a alegria ambígua de ser infante
De ter companheiros e socorro quando sofre
Com um tiro no peito, um ataque fulminante!
Resta ao soldado, o adeus da infantaria.