GRITOS!

Corpos estendidos entre marquizes, viadutos.

O mundo deveria estar de luto!
Gritos de clemência, de fome, de dor...
Por onde andarão as sementes do chamado amor?

 
Corpos sem sonhos, esperanças perdidas,
quiçá em alguma esquina da vida...
Almas cansadas, errantes,
perpassam entre eles os transeuntes...

 
Corpos dormentes já não falam do amanhã,
em febre terçã pelas sombras esquecidos...
Gritos e lamúrias vãs...
E das incertezas restaram gemidos.

 
Rio de Janeiro - Brasil

Partixcipação na Ciranda "Grito!", publicada no site fersi.de, de Ferdinando Fernandes

 
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 25/03/2011
Reeditado em 23/10/2016
Código do texto: T2869747
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