BACIA DAS ALMAS



chovia alguma noite pôr entre
as estrelas de minhas chamas
chamuscando no escoar da licença
de sobrevida –sobremesa
os frascos facínoras do tempo
esgotado e vacinado em
duas partilhas de espuma e esperança
nódoa de mágoa e virulência
em uma bacia de almas e flores
multicores arco-íris da praia,
uma dessas rosadas areias
de sereias e princesas

esquadros de lisas aragens
volteios vacilantes
no perfume das águas

esses rosas sem precisão
sorriso frouxo de valentias
certezas crucificadas que
antecedem aos reinos da paz

lanço-me ao arvoredo
com a imprecisão vaticina
do nadar fraudulento
na coerência cartesiana
da redoma redimida.
































Jandira Zanchi
Enviado por Jandira Zanchi em 09/11/2006
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