SENHORA SAUDADE

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No  frio  palco  do meu  viver ela
Vem  as minhas utopias  furtar,
Traveste-se de  astutas  esperanças,
Invade as persianas da minha janela,
E em espectros adentra sem pedir licença ...

E ali em zombarias faz iludir uma alma que
Clama, que chora por  histórias  vividas,
Dramas, romances, paixões perdidas;
Uma porta aberta de ilusões
Sem saber se é pra rir ou chorar.

Ah, senhora saudade...
Maldita é a maquiagem que teu rosto disfarça,
Maldita é as tuas frias mãos, que  descomunais
Perpassam meus dias, maldita é a tua boca
Que faz jazer  um corpo  que cambaleia na
 Espera de acertar.


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Vantuilo Gonçalves
Enviado por Vantuilo Gonçalves em 23/03/2011
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T2866041
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