se

Retorna a música pelo vasto espaço temporal

Retorna as partículas de tudo que é matéria

Retorno com eles, eu, a ser criança

Ou melhor, a ser inexistência

Tudo que existe é feito de afirmativas turvas

Só na inexistência é que se pode ter razão,

Aquilo que não há pode ser qualquer coisa

Desde que não o seja

A mão que age é a mesma que nega

O primeiro passo a ser dado é o que decreta os fins

E a cada parto de mulher

É que se declara que a grandiosidade ficou de lado

Que as boas combinações nunca serão concebidas

E que se chora, quando se vê pela primeira vez

Que não há outra opção

Além de sermos apenas nós mesmos