NÃO SOU FERA, NEM ANJO

Não me vejo feito fera

Bem menos igual a anjo

Somos todos pecadores

E a DEUS tudo entrego

Estou cançado dessas caretiçes

Tamanha babaquice

Gente sempre inventa o que falar

Mas o que fizeram comigo aqui vão pagar

Existem pessoas que no tempo estão penduradas

Vivem malandrando e não fazem nada

Sem amor nada somos nem ali nem aqui

E o meu sexto sentido nunca vai me trair

Tem loucos no espelho a se olhar

E normais se acharem vivem a pensar

Peço piedade para essa gente covarde e careta

Por não me convidarem para esse evento pobre

Familiares meus se acovardaram

Ante meus problemas

Negaram ajuda até com palavras

Me sinto a ovelha negra da familia

Ninguém pode julgar ninguém

E o tempo tudo dirá

O futuro é duvidoso

Com mistura de grana e dor

Para que o paraiso buscar?

Se até o poeta dá um tempo ao livro

Existe muita ganância ao dinheiro e ao poder

Não quero mais quem eu sou saber

Para finalizar não me subornaram

Os sábios e inteligentes estudaram

E digo desde o mais esperto ao mais otário

Que como diria o saudoso poeta Cazuza

"Enquanto houver burguesia, não haverá poesia"

Lenival de Andrade
Enviado por Lenival de Andrade em 19/03/2011
Código do texto: T2858455
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