MADRIGAL
Ah, pobre poeta
que a turba, indiscreta,
a rir, lisonjeia!...
Não passa de um homem
que mágoas consomem
e as grafa na areia...
Em vez de honrarias,
mercês, regalias,
que almeja, no fundo?
O “affair” necessário:
ouvir, solitário,
o ego profundo...
(Do livro "Estado de Espírito", de Sersank)