DILEMA

Sou tantas vezes tanto

E, no entanto, nada sou...

Faço planos, silencio, desencanto

E tropeço sem saber para onde vou...

A minha alegria triste, sufoca

Parte sem fim , vagueia em mim...

Uma canção, saudade evoca

E parece querer apressar o meu fim...

Por me saber tantas vezes tão pouco

Sigo sem viver essa emoção tamanha!

Canto a paixão em meu canto rouco

E com a razão o meu coração barganha...

Nada mais sei além das indagações ululantes;

Pérfida submissão, minha mente em guerra

Debate-se com o coração: dilema revoltante

Perpassa todo o meu ser e em meu peito encerra...