Tudo
Tudo
Parece que tudo sei,
Mas não sei dizer ao certo
O que o sol do futuro quer falar
Pressinto tudo de belo
Com a esperança me desespero
Com sede de domar o presente
Vedando minha loucura.
Quando tu surges no horizonte,
O tempo passeia devagar
Rodopiando ao meu redor
Com vestígios seus,
Quem dera se fosse.
E sentir que sempre a tive...
A mulher que tu és em carne
Nunca acariciei,
Mas desejo a tua alma alheia
Nua em meus olhos.
A única que me instiga
Sem me inspirar desejos mundanos.
Ser estranho que me completa.
Voz bálsamo
Que cala minhas inquietações
E floresce trilhos de alegria,
Num só dia.
Que me inspira poesia
E sonhos de casal.
O cheiro e a essência dos poemas,
Razão das minhas metáforas.
Sentimento não escrito,
Porém não está restrito.
Não está entre vírgulas,
Nas interrogações,
Muito menos exclamações
E nem assim...
Simplesmente está em tudo.
Daniel Pinheiro Lima Couto
31/10/06