CÃO SEM DONO
Este é um poema
vadio, cão sem dono
que late pra lua cheia
na falta do que fazer
e sem sono
revira o lixo
da alma nua, rastreia
o vazio, um bicho.
Anda a esmo, perdido,
vaga no mundo
e cava bem fundo...
fareja, procura.
Corre. Morde
um verso sem sentido,
quem sabe atrás de si mesmo.
E morre...
Lina Meirelles
Rio, 24/02/11