A, ferro e fogo.
Por favor, meu amigo,
Não me peça identidade.
Estas mãos calejadas
São os únicos documentos
Que eu carrego comigo
Meu nome eu não sei assinar
Comigo e tudo no dedão
A caneta que eu conheço
E o cabo do enxadão
Meu caderno e campo e lavoura
Que o arado vai tombando
Minha historia como sementes
No ventre da terra germinando
Por isso amigo não me olhe assim
Eu sou deste jeito e não mudo
Porque o sertão me ensinou
Ser caipira a cima de tudo
Jamais escondi minha procedência
Vê esta roupa caindo ao pedaços
São retalhos da natureza
Que segue perdendo espaço
Ao homem que só pensa em riqueza
Esquecendo que a humanidade
Depende da natureza pra sobreviver
Mas o homem ignora esta realidade
Levando tudo a ferro e fogo
Poluindo rios, matas e oceanos.
Nem o espaço ele respeita
Para o futuro, não faz planos.
Capão do Leão: 24/ 02 / 2011
Por favor, meu amigo,
Não me peça identidade.
Estas mãos calejadas
São os únicos documentos
Que eu carrego comigo
Meu nome eu não sei assinar
Comigo e tudo no dedão
A caneta que eu conheço
E o cabo do enxadão
Meu caderno e campo e lavoura
Que o arado vai tombando
Minha historia como sementes
No ventre da terra germinando
Por isso amigo não me olhe assim
Eu sou deste jeito e não mudo
Porque o sertão me ensinou
Ser caipira a cima de tudo
Jamais escondi minha procedência
Vê esta roupa caindo ao pedaços
São retalhos da natureza
Que segue perdendo espaço
Ao homem que só pensa em riqueza
Esquecendo que a humanidade
Depende da natureza pra sobreviver
Mas o homem ignora esta realidade
Levando tudo a ferro e fogo
Poluindo rios, matas e oceanos.
Nem o espaço ele respeita
Para o futuro, não faz planos.
Capão do Leão: 24/ 02 / 2011