PONTO FINAL

PONTO FINAL

Mário Osny Rosa

Avião subindo, avião planando,

Naquele instante tudo sufocando.

Uma rasgadinha e as vidinhas

Logo partiram desta vida para outra.

Qual foi o tempo dessa velocidade

Mais uma grande atrocidade.

De quem foi à responsabilidade

Dessa falta de confiabilidade.

Lá no ar aquele pontinho quase parado

Vai seguindo o seu caminho sem curvas.

Sem solavanco ou algum tranco

O céu é macio nem nuvens turvas.

Em todas aquelas vidas

Para serem vividas.

Entre seus entes queridos

Logo foram divididos.

De todas as esperanças

Nessa santa ignorância.

Logo uma batida fatal

Colocou já um ponto final.

São José/SC, 3 de novembro de 2.006.

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