CON-VERSANDO COM A MORTE II
A morte faz você pensar que existe outra estrada
Ela lhe chama a atenção parecendo ser verdade o que é uma uma reles miragem, uma montagem, ela conhece o mecanismo de como Iludir a mente, com sua distrações e seus fantoches ilusórios
Ela se passa por um vulto... Um barulho... Uma pessoa inexistente,
Algo qualquer para você virar a sua cabeça pra outra direção
O que ela quer custe o que custar é lhe prender a atenção...
Quando na realidade você se ausenta instantaneamente desta vida
Levita deste chão, com a morte o melhor jogo é a sua distração
E nas peças mórbido-matematicamente dissimulas
A que ela mais usa e abusa neste tabuleiro de horror
É o conjunto calculado de sua intenção, sua SUBTRAÇÃO
E é aí que você carimba seu passaporte só de ida
Como criança parida no espaço atemporal...
E quando se dá conta está em outra dimensão
E quando quer voltar perdeu-se de si mesmo, já é DEVERAS tarde
A praia de seus devaneios o levou para longe da beira-mar
E agora á mercê segue empurrado pela corrente,
Quanto mais quer voltar mais se afasta
Agora seu mundo pertence a ela!
E aqui neste mundo- ilusão só existe um corpo inerte estirado no chão.
Uma casca tombada, uma folha tolhida
Tenha mais cuidado, como diz o ditado popular:
No fim da estrada galinha que vai atrás de pato
MORRE AFOGADA.
eu tentei então zumbificado dizer pra ela que nem tudo
que ela toca vira cinza...
Ela do alto de seus inequivocados olhos bolorentos
me disse insofismavelmente:-que ela era uma imaginação da minha mente.
no que eu contra argumentei:-se eu estou morto onde estão os vivos?
No que ela respondeu-me fria como a lâmina de sua foice!
Não cabe a mim vê-los e sim recebe-los...E completou
até porque, ninguém está vivo de verdade...