Poeta fênix, poeta vivo!
Carpinejei a noite!
Foi lido, foi passado, foi sentido!
Talvez não hoje, como faço de fato, mas lido...
Fui tragado novamente para o mundo da dúvida!
Mas gosto de ser exato, clinico, rápido!
Sou letras e exatidão!
Sou livre e aprisionado pelas palavras
Os números e as letras, em sua contradição, me completam ansiosamente
Mas sou livre pra escolher...
Não conseguiria parar de ser tão exato!
Me sentiria fraco... Mas...
Posso escrever sempre! As palavras estão em mim: fluem!
As palavras, as vidas, os números!
Mas vejo que não poderei ser um texto lido e aplaudido
Geram grandes expectativas, vivamos nossos estereótipos...
Talvez possa quebra-los, talvez possa viver assim: exato e líquido!
Que a fluidez se faça maior e melhor!
Que eu vença tudo que eu faça: não morra antes da morte!
Que eu viva até onde possa; não morrer antes!
Eu posso viver e morro constantemente!
Posso mudar de vida no passo fluido e simples!
Mesmo que a morte antecipada me vença: posso vencê-la!
Sou a fênix que vence a vida; a fênix que vence a morte!
Sou poeta e escrevo de morte em vida a vontade de querer!
Filho, aproveite o dia!
E faça e aconteça e ganhe!
Os sábios tinham quase a razão;
Os fracos também vencem e também amam!
E também são fortes!
Preciso do ponto da vista mais amplo da minha mente!
Sou fraco, sou poeta, sou fênix, tudo!
Posso mudar meu mundo e todos que aqui estão: sou livre e letra!
Um leigo em palavras, letras, em mim mesmo!
Mas que ganha o mundo fênix, que renasce da vida pela morte!
Que tem o nada e recebe o tudo
Na sua mais valiosa vitória cotidiana: Sobreviver
Sobre-vivência!
Acima de tudo e de todos que aqui me fazem:
Livre, solto e limpo!
Escrevo por ser poeta fênix e nada mais me completa!
Novo, novo, novo!
Que vence a vida, que vence a morte!
Livre, preso e sujo!
Escrevo por ser poeta vivo e nada mais!
1-11-2066