UMA QUESTÃO DE ORGULHO

Irmãos Portugueses, vítimas como eu,
Da impunidade de muitos desonestos.
Expirou o prazo de resistência à dor.
Portugal é de todos nós, não é só meu.
Levantemos uma forte onda de protestos,
Contra os inimigos da força do Amor.
Não devemos continuar indiferentes
Ao abuso do poder duma certa malta
E aos seus sucessivos golpes financeiros.
Nós não somos mais um molho de inocentes
Que se conquista com as luzes da ribalta,
Projectada por camafeus interesseiros.
Enquanto, sacrificados pelo abuso,
Dum poder em reconhecida decadência,
Que continua a ignorar-nos com desdém ...
O Zé Povinho, com olhar já meio obtuso,
Continua a ver uns que vivem muito mal,
Enquanto outros, oh Deus Meu, vivem tão bem.
Porque deixamos que esta vergonha, crassa,
A que políticos, sem pejo, nos condenam,
Continue a afundar-nos na miséria?
Seremos nós indiferentes à desgraça?
Onde 'starão, afinal, os que mais ordenam?
Era verdade ou apenas uma léria?
Palavras d'ordem? Para quê? Não precisamos!
Todos nós sabemos bem a lição, de cor,
Não necessitamos d'ajuda de ninguém.
Há muitos anos, há tantos, que nós andamos
A correr na corda bamba, com tanta dor,
Que já sabemos bem o que é que nos convém.
Não queiramos, de nós próprios, ter vergonha,
Pois temos contas a prestar aos nossos filhos.
Estaremos perto do fim, se continuarmos
A sustentar todo o barrigudo que se oponha,
A deixar que nos livremos dos sarilhos
Em que a sua ambição queria afundar-nos.
Digamos todos NÃO ao voto inconsequente,
Por teimosa filiação a um partido
E repensemos muito bem a nossa opção.
A nossa prioridade, a mais urgente,
É a da nossa segurança no sentido,
De sentirmos todos orgulho na Nação.

22 de Julho de 2009
Maria Letra
Enviado por Maria Letra em 09/02/2011
Reeditado em 13/02/2011
Código do texto: T2780896
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