MENDIGO DE VIDA
Um cigarro na boca,
Um olhar cansado,
Uma voz já rouca,
Num ar aluado.
O seu corpo pesa
E treme de frio.
Sua alma resa,
Num grande vazio.
Esqueceu a família,
Ninguém o procura,
Ficou de vigília
À noite, tão dura.
Seu corpo, estendido,
Indiferente e só,
Deixa, bem dorido
No meu peito, um nó.
Sinto um vento frio,
O meu corpo treme.
Dói-me o seu vazio,
Qual barco sem leme.
Sua mão, que agarro,
Está cor de marfim.
Tirei-lhe o cigarro.
Que dor sinto, em mim!
Olhou-me, ausente,
Não sei se me viu
E triste, doente,
Da vida partiu.
28/12/2010
Um cigarro na boca,
Um olhar cansado,
Uma voz já rouca,
Num ar aluado.
O seu corpo pesa
E treme de frio.
Sua alma resa,
Num grande vazio.
Esqueceu a família,
Ninguém o procura,
Ficou de vigília
À noite, tão dura.
Seu corpo, estendido,
Indiferente e só,
Deixa, bem dorido
No meu peito, um nó.
Sinto um vento frio,
O meu corpo treme.
Dói-me o seu vazio,
Qual barco sem leme.
Sua mão, que agarro,
Está cor de marfim.
Tirei-lhe o cigarro.
Que dor sinto, em mim!
Olhou-me, ausente,
Não sei se me viu
E triste, doente,
Da vida partiu.
28/12/2010