DESAMOR

Quem é aquele que vasculha o teu corpo?

quem é este ser que vasculariza o teu sangue?

quem é este ser que te abandona em águas salinas?

Quem me manda, matando meus ressentidos sentimentos, pra gaveta

quem me manda para a necrópole do esquecimento

quem faz de m"inhalma a sua comanda carnívora sem condimento.

Quem me consome, quem me tira o nome

quem some-se em mim.....levando meu sobrenome!?

quem é este ser... Que queda-se e mata-se em mim...

As horas tiquetaqueram no relógio

sempre à espera de seu cronológico atraso

sentimentos quando acabam, sai do profundo e fica beirando no raso.

Você sai de mim como sai de um bar

saciado pelo apetite volátilizado e volta quando bem entende

e apaga na carne o fogo de tua láscivia que queima como aguardente.

Agora tudo passa, são horas novinhas de infinitas lembranças...

não há marcas na couraça, nem pegadas nos poros, pra minha sorte!

recordações apenas, já mudei de direção, vou seguir meu norte!

Acabou este embebedamento invasor agora se evapora

este estabelecimento entorpecido terminou

o bar fechou.