DENTRO DA GENTE

Às vezes a mente mata a gente por dentro

Não paramos de pensar um minuto sequer

Abrimos os olhos é como o automático abrir de um fecho ecler

Um curto-circuito, um culto, um coito qualquer...!

Nada a fazer de verdade mesmo, ninguém consegue aprender

Estamos presos, cativos por dentro

Ler e escrever

Ver e descrer, apagar (existe?), logo acendo...

Imediatismo é a palavra correta

Balas em ricochetes

Sem mira, sem rumo, sem muros,

Simplesmente perdida no escuro

Diferentes estados de si mesmo

Azougue, tresloucado, ensimesmado

Sendas de uma mesma valsa... Deste intrincado labirintos de caminho

Um mesmo imaginário redemoinho-bailado de um bom vinho

Como bem dissera o poeta Omar Kháyyám:

“Um dia numa Taverna, pedi a um velho notícias

Dos que partiram. E ele me respondeu:

Não voltarão. Eis tudo que sei. Bebe vinho!”

O que somos nós sem a verdade?

Penso... Logo existo, Cogito, ergo sum.

Já dizia Descartes... Logo se vivemos, pensamos com a mente

Então um brinde a nossa vida transcendente