Dualidade...
Naveguei em terras inóspitas
Na cripta de minhas memórias.
Desci ao branco inferno da esperança
Que gelou a minha alma de tanto esperar.
Acreditei que os olhos pudessem ver
Mas, eis que o coração não sente.
Não sentindo o que sente outro
Se faz presente o seu eu ausente
Na egóica trama do jogo.
E no fogo que queima as vísceras
Se multiplica a perda de tempo.
Já não há mais lembrança
De uma realidade factual
E, o árido deserto de minhas histórias
Não passa de um hostil sentimento que esvaneceu
No enlace da emoção com a ilusão.