DESPEÇO-ME . . .
Despeço-me do teu olhar,
Da tua boca, teu beijo,
Das tardes a te amar,
Das noites de volúpias e desejos.
Despeço-me do teu veneno,
Da tua futilidade,
Te amo, é certo desde pequeno,
Quando ainda tínhamos a amizade.
Despeço-me e não me arrependo,
Vou por aí, sozinho
Quem sabe no meu caminho,
Alguma coisa eu aprenda.
Despeço-me de tudo que é meu,
Vou por aí, pensante,
Em caminhos, errante,
Viver o que você não me ofereceu.
Despeço-me, das tuas horas caladas,
De um amor que nada
Tem a meu favor,
Despeço-me e deixo-te apenas a minha dor.