O lobo come gay.

O lobo come gay.

Curitiba, 27 de janeiro de 2011

Ele é meu amigo, mas quem não é.

Todo mundo tem joelho

E abaixo tem um pé

Somos todos iguais, seu sangue é vermelho.

Ele tem um olhar e um jeito estranho

Mas seu cabelo também é castanho

Tudo, não importa isso é normal.

Falar manso é meio típico do Juvenal.

Meu amigo tem um sotaque diferenciado

Ele fala meio mole no acento atenuado

Acho que ele é do nordeste

Ou de algum lugar do Everest.

Pode ser que eu esteja errado

Ele é cabra da peste

Liga logo para o deputado

Que hoje tem festa na Pintura Rupestre

Esse cara é estranho, mas ainda meu amigo.

Mesmo que ele queria ver meu umbigo?

Ainda jogamos futebol juntos

E nos árcades detonamos alguns presuntos

Se a sociedade vive um horror

Eu não tenha nada contra e nem a favor

Não tem nada de errado comigo

Apenas deixe em paz meu umbigo (de novo pô!).

Ah, eu sei, eu sei

Que o lobo come gay

Mas eu não tenho nada a ver com isso

Vamos jogar bola e soltar um fogo de artifício.

Quem não é Creuzebek

Ou não se diverte desde moleque

E não tem a carteira furada

Não sabe o que é não ter uma namorada

Mas isso meu amigo

Maluco camarada

Te garanto que não é nada

Diferente é aquela que não quer ter uma amada?

Helder Henrique do Nascimento Peres

Helder Henrique
Enviado por Helder Henrique em 27/01/2011
Código do texto: T2755695
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