Assembleia dos Poetas (Belo elo)
Belo elo, vias de castelo,
A compor horizontes.
Vela a subir sinais.
Barcos, arcos ancorados na imensidão,
O amor é uma nação
Em que habitam os expatriados que sublimaram.
Calabouços não calam almas.
Verbo retumba paz no universo.
Renasce a essência primeira.
Frase, face do que não dito,
Corta a superfície, pedra e rio.
Salto.
Os que ganham asas voam juntos.
Alados os espíritos que derramam morna vida.
Revigoram os corpos gélidos que fraquejam.
Expandem-se e dilatam sobre o enfermo vício.
Alados os espíritos que não mais padecem.
À mesa dos que de alma se devotam,
A pureza é o banquete dos bem-aventurados,
O gesto de virtude é o contrato mais profundo,
O esclarecimento é o exercício magnânimo.
Ânimo para os desolados.
Lados, partes, quando inteiras, nada.
Rema, até se tornar dicente.
Habita inteiro a profundeza do que antecede.
Recita o rito ao planeta,
Permita-se olhar por entre a fresta,
Não há divergência no entendimento,
Natureza da verdade manifesta.