Meu consumo

Meu coração, meu utensílio

Alma minha, meu silêncio

Meu consumo apaixonado

Consumível porção humilde em meu viver

Valores, posses, esses ficam de lado

É sim, meu consumo farto

O desejo do libido

A sensibilidade das emoções

Os exageros da paixão

A lucidez dos sentidos

Sou consumidor

De um sorriso sincero

De uma voz que acaricia

De um verbo inteligente

Sou cliente da cortesia

Sou consumista da sensatez

Da fé extrema em meu ser

Da razão, a riqueza dela

Do mar, sua extensão

O beijo doce, é meu bem querer

É consumismo modesto

Ter da moldura, a imagem bonita

A sorte desse chão, a cor preferida

Da casca da laranja, o sumo

Qualquer rumo sem maldade pretendida

Mundo meu, não quero luxo!

De consumos tão estranhos

E de vontades que não resistem

Quero da simplicidade,

as coisas que existem

Vida, eis o melhor meu!

Do exagerado apego material

Prefiro o imaterial

Para ter o prazer de dizer:

Que simplesmente o meu consumo sou eu

George Lemos
Enviado por George Lemos em 20/01/2011
Reeditado em 06/06/2014
Código do texto: T2740143
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.