UMA CANÇÃO DO ORIENTE

Eu canto, mas não é debalde,

no seio desta minha tribo,

que muitas vezes no auge

de orgulho nela me estribo.

Mas se não me vejo cantor,

se eu te entoar em langor,

elevo as longas orações

que atinja os seus corações!

Minh´alma canta os palmares,

suntuosas canções do oriente,

que a voz percorre os seus ares

germinando em cada semente.

Me ouvem os amigos sentados,

esperam o momento desfecho,

eu tiro de olhos fechados,

canto sempre atento cada trecho.

Já passaram voláteis cantores,

mas todos vieram e desapareceram

como no outono as flores,

murcharam e envelheceram.

Bafeja a manhã carinhosa,

sobre a vida areja a brisa fria,

já me promete tão glamurosa

uma paz que me contagia.

Mas a garganta fremente

jorra águas como a torrente:

Palavras dos salmos de louvor

ao D´us bendito e Senhor.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 10/01/2011
Código do texto: T2720565
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.