PERGUNTA AO TEU CORAÇÃO

Quando fores por aí

na vastidão do pensamento,

nas praias do aqui e alí

juntares com teu alento,

com as dúvidas do vento.

Pergunta ao teu coração

se a madrugada é cega

que não enxerga a emoção

daquele que se entrega

lânguido em oração.

Pergunta ao próprio José,

quando inconsequente me fez

como no armago aloé,

como sem intenção talvez.

Quando fores vaguear

por tua própria conta

de uma a outra ponta,

sabes que podes errar.

Tua meiguice de pomba

que meu a coração subverte

e a luz da lua me adverte

da vida rápida e longa.

O raio de sol que me sorria,

me saudava de esperança

na força e no vigor do dia

de quando eu era criança.

Quando fores se aventurar

nas ondas deste mar bravio,

arriscando um naufragar

ou num sossego estio.

Pergunta ao teu mar,

onde fica a tua própria razão.

Pergunta ao luar,

aonde foi a escuridão.

Pergunta a minh´alma

se tu tinhas mesmo razão

ao tanger a calma,

quanto ao risco da paixão.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 25/12/2010
Reeditado em 31/12/2010
Código do texto: T2691202
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