Cair
Ela caminha na borda do precipício
E sente o gelo no estômago
A garrafa de vinho, vazia
Pôs-se a cair
Quebrou no fundo do raso rio
O vento forte revira seu cabelo
E mexe na calda de seu vestido
Ela teme a altura mas não se importa.
Ela vive em desespero,
Que não acaba mais
Soltou o cajado que se apoiava,
Fechou os olhos
Pôs-se a cair.