INDÔMITA
És a minha indômita fera ,
coisa inerente de uma rainha
quando chega a primavera,
és a paixão, és somente minha.
Este teu jeito implacável
de uma mulher resoluta
tem o teu lado amável,
a tua graça absoluta.
O meu coração fica triste
quando não te vejo ao meu lado
e quando ainda persiste
na trilha deste estranho fado.
Porém, de amor que quero,
te querer muito ao desejo
destes teus lábios singelos
tudo que eu quero é teu beijo.
Quero-te toda ao meu lado,
para os teus sonhos obtê-los
ver-me assim tão fadado,
enleado em teus cabelos.
Mas já conheço-te, fera,
que não se rende, nem fende,
quem te venera
de teu amor depende.
Indômita mulher da paixão,
teu coração, um tropel,
fanado o meu coração,
tua presença, um céu.
Mas no amor tem surpresas,
peço a D´us proteção:
Me guarde das minhas fraquezas,
não perca, eu, a noção!
(YEHORAM)