INCOMPREENSÃO

O coração incompreendido

que degusta da amargura

desta sua desventura

do seu amor perdido.

E o meu amor de repente

foi como uma borboleta

que da flor no peito sente

vai da outra á violeta.

No mundo verde distante

da desilusão constante,

com palavras e desencontros

sem a voz náutica dos contros

ou do brado de um instante.

Perde numa fração de tempo

o amor no pensamento,

como a flor exposta ao sol

e a folha seca ao vento

do sentimento o seu crisol

se experimenta o desalento.

Mas a própria dor não seca,

que invade a alma e peca,

no calor dos meus dias

de distantes alegrias,

a lembrança em mim tropeça.

E esta minha voz rouca

que teu nome clama, louca!

que excita raiva em brasas,

mas no fim tu me arrasas,

e esta minha dor não é pouca.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 21/12/2010
Código do texto: T2684406
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