Mãezinha do HC

È naquele banco que estou,

o da velha cena no Passeio Público

Que até é muito comum por aqui,,

ou é só imagem de uma Curitiba idealizada

ficando então nos olhos do povo

Cá assisto o transitar de pessoas,

no qual me alegro ao ver a inocência

Falo daquela que atravessa a moral,

que não percebe o significado do fardo que a envolve

E me entristeço ao ver mais uma inocência

Falo daquela que atravessa distraída,

que se envolve no fardo do significado que não percebe

Era só uma mãe, as de fora

que vem ser assistida no HC

Canalizando e canalizada pelo sistema

Em sua pressa sem lugar para chegar, puxa sua criança

imaginando ter as mesmas medidas de pernas

E a criança, ainda que no meio de tudo onde estou,

Ria pulando os pisos, apenas pisando nas pedras pretas ou brancas... não lembro

Rodrigo Pereira
Enviado por Rodrigo Pereira em 22/06/2005
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