CHUVA
Não tem orquestra melhor de se ouvir
do que o som que entoa a chuva lá fora!
O barulho dos densos pingos a tinir,
nos meus ouvidos a melhor canora.
Ela vem debandada lá do céu de D´us,
que abre sabiamente as suas comportas
e ajunta todos aqueles pingos seus
que caem diretos sobre as suas hortas.
E refrigera o peito sofrido d´alma,
acalenta-o destarte para o descanso
para harmonizar a sua calma
e fazer de cada um, um ser mais manso.
Quando ouço-a bater contra o chão,
dedilhar a arte no meu telhado
cantarola uma sinfonia ao coração,
e esparge gotas ao ser destinado.
Como ela vem assim ela vai
mas muitas vezes deixa estragos
como amor exacerbado vem e cai
assim resulta charcos - grandes lagos.
(YEHORAM)