CHUVA

Não tem orquestra melhor de se ouvir

do que o som que entoa a chuva lá fora!

O barulho dos densos pingos a tinir,

nos meus ouvidos a melhor canora.

Ela vem debandada lá do céu de D´us,

que abre sabiamente as suas comportas

e ajunta todos aqueles pingos seus

que caem diretos sobre as suas hortas.

E refrigera o peito sofrido d´alma,

acalenta-o destarte para o descanso

para harmonizar a sua calma

e fazer de cada um, um ser mais manso.

Quando ouço-a bater contra o chão,

dedilhar a arte no meu telhado

cantarola uma sinfonia ao coração,

e esparge gotas ao ser destinado.

Como ela vem assim ela vai

mas muitas vezes deixa estragos

como amor exacerbado vem e cai

assim resulta charcos - grandes lagos.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 16/12/2010
Código do texto: T2674449
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