ESCRAVIDÃO

Como gotas de orvalho

vertidas no barro do chão

escorre do árduo trabalho,

o suor da escrvidão.

Cresce como os montes

os calos de suas mãos

em todos os horizontes,

o peso da opressão

tiravam águas das fontes

no suor da escravidão.

Cai, levanta e bate,

mescla-se com o barro,

um menino escarlate,

aproveita-se de um farro

que cai daquele que bate,

que afunda com a mão,

morre o menino no barro,

no barro da escravidão.

No calor do meio dia

suavam naquele arrebol

vertiam com anomalia

debaixo da expressão do sol

toda e qualquer simpatia

escorriam gotas de prisão,

do barro de quem oprimia

no suor da escravidão.

Sofriam uma escravidão só,

doentes, crianças e idosos,

todos serviam o vil Faraó,

tratados como criminosos

sem esperança de salvação,

nunca ficavam ociosos

ou livres do peso da escravidão.

Construiam uma cidade,

na fome de comer o seu pão

na força da atrocidade,

na submissão da exploração,

na crise de identidade

pelo suor da escravidão.

Charcos de sangue escorre,

lágrimas cadentes em pó

alma da gente que morre,

a história da minha avó.

Pés rachados no poço de lama,

altas horas da escuridão

acendeu-se a vela e a chama,

na luta contra a escravidão.

Não chora a terra maldita,

que oprime o inocente,

seja egipcio ou isralita,

não importa o tipo de gente;

não se colhe suor com a mão

daquele que colhe e sente,

não consente com a escravidão.

O maior sonho, a liberdade,

o maior anseio, servir a D´us,

andar ereto, com dignidade,

nos próprios caminhos seus.

Sentar ao sol, contemplação!

Sem a chibata nos lombos hebreus.

O gládio paládio da execução.

Não temer a noite a lua,

nem a embarcação que flutua.

Mamar na mãe, em um só mamilo,

sangrar as águas do rio Nílo.

Dizer adeus a sua opressão

e ver o fim da escravidão.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 13/12/2010
Reeditado em 21/11/2012
Código do texto: T2668956
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