CataVento
Sopra um vento, frágil e calmo,
Brisa gentil, que brinca com uma folha
Levado este por ventos maiores.
Vento que sopra inocente.
E, que de repente,
É o vento que agora sopra sozinho,
Sopra diante do horizonte,
Buscando soprar independente.
Apirando novos caminhos,
Soprar pelo mundo.
É agora o vento que para de soprar...
Tão de repente, nunca mais viajará
Vento cortado como por uma lâmina,
Tanto que ventos mais próximos param de soprar...
E logo retornam, pois ventos estes sabem que precisam continuar,
E há outros ventos, ventos que não conheciam aquele,
Muitos ventos, ventos estes que nunca pararam de soprar...
Um vento soprou-me tão forte, tão repentino
Senti a brisa me empurrar,
Senti a brisa correr para desestressar.
Chorei pelo vento, ao questioná-lo:
"Vento, já parastes de soprar?"
Vento esse que foi embora,
Como uma negação, ou confirmação
Logo após retornou, triste, suave,
Como um triste lamento
De um vento que conhece a dor
Tal ficamos ali, homem e vento,
Os dois tornaram a chorar...