ÔNIO
Ainda?
Sempre, sempre...
falarei muito mais
a língua dos anjos.
Os demônios que me perdoem,
mas adoro enganá-los,
sou eternamente assim,
querubim sempre está em mim
e se observar, vai perceber
a luz que abro em você.
Os ônios ficam cegos...
mas eu sou inteligente,
pura, verdadeira e gente.
Sou mulher pueril,
porém muito valente,
se precisar eu mando sim,
para a puta que pariu.
Fútil talvez seja você,
que não percebe,
a essência do meu ser.
Sou um anjo...
não sou primeira,
nem a última, sou eterna!
Terás muito tempo
para me conhecer
e talvez me aceitar.
Sempre, sempre,
Ainda...
Falarei o que você precisa,
ouvir e sentir...
A verdade de um anjo
disfarçada em ônio.
Quando acordar,
seja homem ou mulher,
seja quem for você,
vai querer me proteger.
Regina Zamora
Texto revisado por Marcia Mattoso