VAMOS FAZER ESTEIRA?
VAMOS FAZER ESTEIRA?
De novo na esteira...
Ando.
Corro
Corpo são
Mente sã
Cada dia que passa eu descubro que caminhar serve não apenas para manter a forma.
Caminhar serve para arear a mente.
Rumo ao caos e ao cais.
Vejo outros cada qual em seus universos suados
Durante as longas caminhadas encontro soluções pra grandes problemas
Às vezes os pequenos problemas se transformar em quimeras indestrutíveis.
Transporto-me para musica que toca no fone
Tomo decisões efêmeras
Encontros às lagrimas que perdi no mar.
Ou seria o mar que se perdeu em minhas lagrimas?
Nada se faz e apenas a esteira a rolar
Tudo se desfaz, pois o tempo passa
O suor escorre e incomoda
Sal do suor
Sal da lagrima
Sal do mar
Sal no erro do amar
Pois no amar minhas confluências estão em suas confluências
Minha ereção encontra seus pelos
Nosso pelos viram redes no mar.
Tudo vibra como os espasmos de baleias orcas
Baleias orcas que se contorcem
Vibram, gritam e será que suam?
No final morta na praia viraram alimento
Enquanto nossos corpos entrelaçados no momento suprem um apelo
Dança meu corpo
Dança o seu corpo
Minha mão em teu sexo
Tua mão em meu sexo
Por mais que sejamos um somos dois.
E a orca morta na praia fede
O suor que escorre na esteira fede
O suor que escorre do nosso amor fede
Todo o belo tem a faceta do mal
Todo mal é belo, pois nos faz lutar
Reflito na esteira
Viajo em musica
Viajo em outros corpos
Viajo no tempo que fico a me exercitar
Hoje sou apenas um informante de minha alma
A esteira um escuto contra uma lamina fatal
Gritava a orca
Grita ainda meu coração
E o tempo de ficar na esteira acaba,
André Zanarella 30-05-2008