CONCEITOS DE CIVILIDADE

As pessoas em qualquer tempo, lugar, cidade ou metrópole, trazem em si o dom da premonição. Elas tem o mórbido prazer de supor que podem mais que um outrem. Que tem o dom de “mandar e desmandar”, “por e tirar”, mandar trabalhar num lugar inóspito aquele que de fato trabalha, não só para ele como também para muitos, que cada conquista, não só é íntima, mas tem um sabor coletivo. Elas devem saber que, “estamos aqui nesse lugar só por um pouco de tempo”... amanhã, quem saberá? Talvez estejamos um pouco ou muito mais velhos, com o raciocínio mais lento, trazendo nos cabelos encanecidos o tom grisalho ou alvo como algodão. Às vezes elas nem se lembram que “todo mundo precisa de todo mundo”, não importa que ela tenha caminhões de papéis moedas, cifras indecifráveis de contas bancárias com valores tão altos, que todos os zeros não serão suficientes para contar”.

O que devemos ter a certeza intrínseca é que só temos certeza do presente vivido. Os minutos que virão, as horas, os dias, as semanas, os meses e os anos serão sempre uma “incógnita” e por isso ninguém saberá como vai estar no dia seguinte. Será que precisaremos dalgum favor “daquele que pisamos ontem”, que deslocamos do sagrado batente chamado trabalho? Quem terá a ousadia de querer responder?! E não adianta ninguém querer responder que é “auto-suficiente” que nunca vai precisar de ninguém, que tem dinheiro. É engano puro, pois quanto mais se tem mais se precisa de um alguém. Não quero jamais julgar quem quer que seja, apenas procuro dar exemplos vividos e sentidos “em minha própria pele”, mesmo que queira por desculpas de “ordem religiosa”, o aqui exposto é uma mera opinião de quem conhece os infernos e também o céu. Já vivi sob direções maldosas e nocivas, conheci umas poucas boas, mas atualmente vivo sob a égide do fascismo, que ressuscitaram das cinzas e do lodo mais espesso das zonas inferiores mais baixas e remotas. Mas, deixemos para lá...

Urge apenas a cada consciência e coração, viver e procurar só aquilo que edifica o nosso “templo interior”. Pois o exterior que nos rodeia (como exemplo a cidade que amamos e que nos acolhe) basta você querer olhar de verdade... e por favor, não diga nada, fique para você mesmo suas próprias impressões. E que só procuremos vivermos e amarmos... para continuarmos subsistindo, aqui ou em qualquer lugar! Até qualquer dia!

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 20/11/2010
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