O EFÉMERO NÃO ME PRENDE....
Exausta, sento-me no centro duma nuvem
e descanso...
O Sol, obstruído e anuviado, não vem,
não o alcanço!
Olho p’ra baixo
e reconheço,
que lá, não me encaixo...
Aquela realidade me ofende,
o efémero não me prende,
nada conheço!
Deste poiso etéreo do meu imaginário,
olho e me deslumbro...
Tudo o que sinto de extraordinário
e que vislumbro,
eu vejo como experiência
e logo repenso
a terrena impermanência...
Do Ser e até do Amor,
que quando perde o ardor,
se torna um vazio imenso!
Acordo do meu sonho
que não quero rever, nem exponho...
Mas o Amor...esse não dispenso!
Habita em mim solto, suspenso...