Notívago
São tuas as bocas, não beijadas,
Nas noite em claro, varadas
Nos olhos do abandono
São teus os trejeitos e as lembranças
E não faltam, cá esperanças
De outra vez te velar o sono
Ao som, de repetidas batidas,
Vão-se historias, já esquecidas
Nos frios do meu outono
Quisera ter dito que te desejo
E não basta varar madrugadas
Acordar almas desacordadas
Por que me faltou teu beijo
Das línguas que por ti não senti
E os corpos que não me estremeceram
E os amores, que nunca, nem me ocorreram
E nem em pensamento vivi
É teu o toque dos meus braços
E só teu os confessos abraços
Que buscaria inutilmente
Pois eis que brotou em mim a saudade
E fez-se sempre, na tua ausência, eternidade
Do que me plantaste, cresci semente
São tuas as bocas, não beijadas,
Nas noite em claro, varadas
Nos olhos do abandono
São teus os trejeitos e as lembranças
E não faltam, cá esperanças
De outra vez te velar o sono
Ao som, de repetidas batidas,
Vão-se historias, já esquecidas
Nos frios do meu outono
Quisera ter dito que te desejo
E não basta varar madrugadas
Acordar almas desacordadas
Por que me faltou teu beijo
Das línguas que por ti não senti
E os corpos que não me estremeceram
E os amores, que nunca, nem me ocorreram
E nem em pensamento vivi
É teu o toque dos meus braços
E só teu os confessos abraços
Que buscaria inutilmente
Pois eis que brotou em mim a saudade
E fez-se sempre, na tua ausência, eternidade
Do que me plantaste, cresci semente