REFLEXÃO DE UMA MULHER
Tentei uma reflexão que estivesse condizente com o meu jeito-mulher.
Esbarrei nas palavras e pensei:
em que caminho andei;
se medo tive do percurso;
e, na solidão, como quis fugir das feras!
Naqueles instantes, que arma tinha nas mãos?
Um dicionário sem véu.
No meu interior, havia, simplesmente, a minha razão-de-ser.
Adormecida fiquei na penumbra, e,
descobrir ao despertar, que, os ais da vida, se vão,
como as ondas de um caudaloso rio,
que se desemboca no mar.
Quisera eu, todavia, transportar minhas lágrimas,
para o oceano dos mistérios...
E nele encontrar... a explicação convincente dos porquês.
Mas no mundo de todos e de tudo, resta-me na alma a convicção:
– de que sonhei, sorri e chorei.
Pois se não me amaram,
nem pela audácia das flores perfumadas,
estou certa, de que serei premiada, um dia,
com a excelência,
do Sacrossanto Amor.
À Lícia, irmã em Cristo e amiga
03/02/1990