Candeeiro


Encontro uma fresta e espio
Um argumento gasto...um calafrio
Presto reverência à tua sombra
Que esbarra na janela
E ergue o assombro.
Sou tudo que desconcerta
Tudo que se esvai
Atenta e boquiaberta
Vislumbro o que não há
Bendito candeeiro que mantém
A chama da ilusão que me persegue
E ao mesmo tempo a fresta aberta
Da ilusão que espio e compreende
Um tempo de paixão
Que não se rende.