A FORÇA DA LEMBRANÇA
Vivi uma infância tão intensa
Tão bem vivida que,
De vez em quando
Ela me quer de novo
Me chama de volta
Tempo e espaço desenham-se
Com a força da lembrança
Atravesso as janela
Abertas da infância
Sem medir o tempo
Como ontem e amanhã.
O tempo é insuficiente
Para limitar a elasticidade
Da imaginação.
Na irregularidade do tempo
Ela me leva pelos caminhos
Do meu sentir.
Encaixo-me eu
E todos os meus pedaços
E, inteira,
Sou criança outra vez.