VAZIO

Quando surge o vazio

a alma lânguida chora

no dia mais frio

a tua luz vai embora.

E então prostra o coração

pasmo de desespero

chorando o teu perdão

lágrimas de exagero.

Naquela acerba escuridão

que me tomou na despedida

resmungos da solidão

por tua face perdida.

Voltei, virei as costas,

fui para o lugar do nada

nos caminhos das biroscas,

da alma desamparada.

Me invade um ardor funesto

abandonado das lembranças

na cara o luto manisfesto,

perdidas esperanças.

Um amor sem valor

que não soubestes reconhecer,

era tudo muito temor

ou medo de me perder.

Não sei deste vazio

que sinto do teu olhar

sei das horas que fiquei vadio

nas ruas a vagar.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 07/11/2010
Código do texto: T2601821
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