VAZIO
Quando surge o vazio
a alma lânguida chora
no dia mais frio
a tua luz vai embora.
E então prostra o coração
pasmo de desespero
chorando o teu perdão
lágrimas de exagero.
Naquela acerba escuridão
que me tomou na despedida
resmungos da solidão
por tua face perdida.
Voltei, virei as costas,
fui para o lugar do nada
nos caminhos das biroscas,
da alma desamparada.
Me invade um ardor funesto
abandonado das lembranças
na cara o luto manisfesto,
perdidas esperanças.
Um amor sem valor
que não soubestes reconhecer,
era tudo muito temor
ou medo de me perder.
Não sei deste vazio
que sinto do teu olhar
sei das horas que fiquei vadio
nas ruas a vagar.
(YEHORAM)