Ao Sr Luis Galante.

Ao Sr Luis Galante:

Pai querido, quantas sementes você plantou

Em sua estada na terra você foi uma poesia de amor.

Eu sempre disse que fiz contigo a melhor faculdade

Você foi a pessoa mais inteligente que conheci

Como jornalista, professor, tradutor e escritor

Ensinava-me contando histórias, brincando de rimas

Declamando Lusíadas, sentados embaixo das árvores

Quantas lições aprendi assim contigo...

Seu ar austero, próprio de todo pai

Impunha obediência com um único olhar

Ficava claro que você não queria que errássemos

Que fossemos íntegros conforme o seu ilibado caráter

A sua sensibilidade foi algo que me marcou muito

Ah! seu violão tocando para eu dormir, como era bom!

A caridade era parada obrigatória para toda família...

O Evangelho era presente em seus atos..

Quantas vezes vi você ajudar sem poder os seus irmãos...

Como você foi forte perante a vida com sua fé inabalável

Ensinando-nos que tudo podemos com o nosso pensamento positivo

Sinto muito a sua falta pai amado, da sua alegria contando piadas

Dos trocadilhos infames que fazia, das nossas conversas na hora da refeição,

Da sua perseverança em melhorar-se cada dia mais, como um bom espírita .

Torno a dizer, você foi um lindo poema de amor...

Meu pai e minha vida...

As lágrimas rolam neste momento em meu rosto, só posso lhe dizer:

Que saudades meu pai!

Até um dia , que Deus te ampare, obrigada!

Sandra Galante

Os Lusíadas - Canto I/9

Inclinai por um pouco a majestade,

Que nesse tenro gesto vos contemplo,

Que já se mostra qual na inteira idade,

Quando subindo ireis ao eterno templo;

Os olhos da real benignidade

Ponde no chão: vereis um novo exemplo

De amor dos pátrios feitos valerosos,

Em versos divulgado numerosos.