APENAS OUTRO DIA

Apenas outro dia nasce...

Despretensioso de querer ser ou poder,

de mudar futuros e terminar passados,

apenas aguardando o que virá nascer.

Apenas outro dia segue...

Sem cheiro de chuva ou clemente por sol,

sem o desespero da despedida,

ou exultante com a chegada,

como quem ganhara outra vida.

Apenas outro dia morre...

No anoitecer dos desejos profanos,

nas rodas de conversas sem compromissos,

sem valores de juízos ou queixas aparentes.

Apenas outro dia virá...

E renovará as dores e os prazeres,

as tristezas e as alegrias,

pois assim vivemos a vida,

com apenas outro dia...

Jayme Tijolin
Enviado por Jayme Tijolin em 28/10/2010
Reeditado em 12/01/2011
Código do texto: T2582841