Ladrão de poesias


Pela janela aberta achega-se um vento anormal
Vem insistente derrubando meus pertences
Faz um rodamoinho no meio da sala
Dispersa a papelada que são minha regalia
Em sua ousadia de ciclone assanhado.

Um minuto de confusão e vai-se indiferente.
Enquanto fecho a janela em agitação histérica,
O larápio carrega em seu bojo estufado
Minha mais recente criação poética.


-Helena Frontini-